Educação

 
Estudantes brasileiros podem se inscrever para bolsas nos Estados Unidos



A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) está lançando a primeira chamada pública do programa Ciência sem Fronteiras, que prevê a oferta de bolsas de estudos, na modalidade graduação-sanduíche, nos Estados Unidos. Os primeiros estudantes atendidos embarcarão em janeiro de 2012.
Para se inscrever, os candidatos devem ser de nacionalidade brasileira e, entre outros requisitos, apresentar bom rendimento acadêmico, além de ter concluído no mínimo 40% e no máximo 80% do currículo previsto para o curso de graduação no momento de início da viagem de estudos. Por fim, comprovar nota mínima de 79 pontos no exame Toefl-Ibet Test.
Os alunos participantes receberão auxílio financeiro pelo período de 12 meses, pagamento das taxas escolares norte-americanas, nos casos em que couber, além de passagens aéreas para o percurso Brasil–EUA–Brasil.
A primeira chamada pública da Capes permitirá a instituições de ensino superior nacionais selecionar estudantes brasileiros de graduação, em áreas de interesse para o país, para cursos ou estágio em instituições norte-americanas. Para isso, o documento estabelece que as instituições brasileiras firmem acordo de adesão com a Capes, por meio do qual se habilitarão a selecionar e a indicar os alunos.
Caberá à Capes implementar as propostas das instituições, respeitadas as disponibilidades orçamentária e de absorção dos alunos pelas universidades norte-americanas. O contato com a Capes deve ser feito por mensagem Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. eletrônica.
O Ciência sem Fronteiras, lançado em 26 de julho de 2011, é um programa do governo federal destinado a consolidar, expandir e a promover a internacionalização da ciência e da tecnologia, da inovação e da competitividade brasileiras por meio do intercâmbio de alunos de graduação e pós-graduação e da mobilidade internacional. O projeto prevê a concessão de até 75 mil bolsas em quatro anos. A iniciativa é dos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia.
O aviso de chamada pública do Ciência sem Fronteiras foi publicado no Diário Oficial da União da segunda-feira, 29 de agosto de 2011, seção 3, páginas 27 e 28.


Assessoria de Imprensa da Capes



Tecnologia ainda desafia professores brasileiros

Para assessor do programa Um Computador Por Aluno, mestres chegam ao mercado sem formação adequada para aplicar novidades à educação

Nathalia Goulart



Aula de informática na Escola Municipal Escola Grécia, no Rio (Eduardo Monteiro)

Pesquisa divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) na semana passada deu o sinal vermelho: 75% dos professores da rede pública adquirem conhecimentos de tecnologia aplicada è educação informalmente com colegas – ou seja, para esse grupo, não existe orientação formal a respeito. "Estamos formando professores incompletos e, em seguida, mandando para o mercado de trabalho um produto carente de peças", afirma Simão Marinho, coordenador do programa de pós-graduação em educação da PUC-Minas e assessor pedagógico do programa Um Computador Por Aluno, do governo federal. Para o especilista, a capacitação dos professores é o maior desafio da escola brasileira na difícil tarefa de incorporar as tecnologias à sala de aula – o que inclui o tablet, recém-chegada às salas de aula. Confira os principais trechos da entrevista com o estudioso.

Já sabemos se a tecnologia tem impacto no desempenho acadêmico de alunos? Quando falamos em incorporar tecnologias na sala de aula, ela não é utilizada somente para favorecer o domínio de conteúdo. As mídias digitais desenvolvem habilidades que vão além do desempenho acadêmico. Existem provas de que o computador desenvolve a criatividade, a análise crítica, a capacidade de buscar informações. E isso de uma forma geral não aparece em pesquisas que aferem apenas o domínio de conteúdo.


Qual o maior desafio para acrescentar tecnologia à sala de aula? O maior desafio é o treinamento do professor. Na formação inicial desses profissionais, as tecnologias quase não são incorporadas. Ou seja, estamos formando professores incompletos e, em seguida, mandando para o mercado de trabalho um produto carente de peças. Não se trata apenas de levar tecnologia para a sala de aula. Ela, por si, só não vai garantir o aprendizado. É o professor que precisa sair de sua zona de conforto e mudar suas práticas pedagógicas. Essa acomodação muitas vezes é reflexo da posição dele enquanto funcionário público, que não pode ser demitido. A escola particular cobra que seu professor se atualize ou ele é demitido. A escola pública não dispõe desse mecanismo.

Como garantir uma formação adequada aos professores? É preciso fornecer conhecimento, mas também é preciso tempo. Esse tempo é de experimentação e de apropriação. Se o professor não experimenta, não conseguirá explorar as ferramentas em sua potencialidade máxima. É preciso lembrar que não é a tecnologia que inova, é o professor. Se ele tem um aparelho de ponta nas mãos mas não sabe como usá-lo, que produto poderá tirar dele?

O senhor é assessor pedagógico do programa Um Computador por Aluno (UCA), que visa levar um computador a cada estudante da rede pública de ensino. Como anda o projeto no Brasil? Hoje, temos quase 400 escolas que fazem parte do projeto-piloto do Ministério da Educação. Aos professores dessas instituições, oferecemos treinamento de 40 horas presenciais. Nesse período, eles são apresentados ao computador educacional – que é diferente do laptop convencional. A partir daí, seguem-se mais 140 horas de formação continuada à distância. Quando essas duas etapas estiverem concluídas, é hora de incentivar as secretarias regionais a adquirirem o equipamento e treinar seus professores.

Como o senhor avalia a chegada do tablete às salas de aula? Os mesmos princípios que orientam outras tecnologias, como o laptop, valem para o tablet. É preciso priorizar o projeto pedagógico. O professor pode usar o computador para exibir um arquivo estático, que não acrescenta nada ao aprendizado do aluno. Então, não faz a menor diferença se estamos falando de computador, tablet ou smartphone – eles não fazem sentido se estiverem a serviço de velhas práticas. É importante, porém, notar que o tablet tem suas limitações. Ele é bom para executar aplicativos e navegar na internet, mas não é adequado para digitação. O professor precisa estar atento a tudo isso.
Fonte: Abril Educação


Professor do Séc. XXI.

Qual o perfil que se "espera"?

Atualmente muito se fala sobre o perfil do professor antenado ou ainda do professor do novo século…O que as pesquisas e estudos dizem? Qual é o perfil ‘esperado’ para a educação do século 21?
“Para estabelecer parâmetros de qualidade na hora de escolher quem vai lecionar para nossas crianças, o Governo Federal está criando o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente, que deve, em 2011, servir de referência para a contratação na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino Fundamental em todo o país.”
Seguindo o raciocínio acima o projeto elaborou as características para o professor ‘ideal’. Abaixo mostrarei uma adaptação da revista Nova Escola, com as vinte características para esse perfil esperado:
1. Domina os conteúdos curriculares das disciplinas.
2. Tem consciência das características de desenvolvimento dos alunos.
3. Conhece as didáticas das disciplinas.
4. Domina as diretrizes curriculares das disciplinas.
5. Organiza os objetivos e conteúdos de maneira coerente com o currículo, o desenvolvimento dos estudantes e seu nível de aprendizagem.
6. Seleciona recursos de aprendizagem de acordo com os objetivos de aprendizagem e as características de seus alunos.
7. Escolhe estratégias de avaliação coerentes com os objetivos de aprendizagem.
8. Estabelece um clima favorável para a aprendizagem.
9. Manifesta altas expectativas em relação às possibilidades de aprendizagem de todos.
10. Institui e mantém normas de convivência em sala.
11. Demonstra e promove atitudes e comportamentos positivos.
12. Comunica-se efetivamente com os pais de alunos.
13. Aplica estratégias de ensino desafiantes.
14. Utiliza métodos e procedimentos que promovem o desenvolvimento do pensamento autônomo.
15. Otimiza o tempo disponível para o ensino.
16. Avalia e monitora a compreensão dos conteúdos.
17. Busca aprimorar seu trabalho constantemente com base na reflexão sistemática, na autoavaliação e no estudo.
18. Trabalha em equipe.
19. Possui informação atualizada sobre as responsabilidades de sua profissão.
20. Conhece o sistema educacional e as políticas vigentes.
A revista Nova Escola reordenou e publicou as Seis características do professor do século 21. Confira as entrevistas!
Ainda nesta linha, saiu na revista Veja uma imagem com o professor antenado…Nareportagem eles enfatizam: “A facilidade com que os alunos interagem com a tecnologia também impôs uma mudança de comportamento em sala de aula.A tecnologia faz parte do cotidiano de todos os jovens. Os alunos esperam que o professor se utilize disso em sala de aula. Seu papel mudou completamente, mas continua essencial. Ele guia o processo de aprendizagem, sendo o elo entre o aluno e a comunidade científica”



ReflexãoVani Moreira Kenski diz: Na sociedade digital o papel dos professores se amplia, ao invés de se extinguir!!! Você concorda?
Fonte da Imagem: Jordany Prado

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